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As Aldeias de Crianças SOS foram à ONU

Este mês Sonia Bruck, em representação das Aldeias de Crianças SOS nos países da CPLP, visitou o gabinete de representação das Aldeias de Crianças SOS Internacional na ONU, em Nova Iorque.

Esta visita foi resultado do III Fórum de Cuidados Alternativos que aconteceu em Lisboa em junho do ano passado. Neste encontro, as Associações nacionais das Aldeias de Crianças SOS de Portugal, Brasil, Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau e Moçambique concordaram em participar num Fórum de Alto Nível, sobre os direitos das crianças e adolescentes que perderam ou que estejam em risco de perder os cuidados parentais, tendo em vista o processo de acompanhamento, implementação e seguimento das Diretrizes para os Cuidados Alternativos.

Nesta visita de alto nível à ONU, Sonia Bruck reuniu-se com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho. Neste encontro, Ana Mendes Godinho elogiou o trabalho das Aldeias de Crianças SOS em Portugal, especialmente o fortalecimento familiar e partilhou as duas visitas que fez à Casa de Acolhimento Residencial e ao Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental no distrito da Guarda. A ministra disse que ficou

Para além disso, Ana Mendes Godinho destacou a importância de aumentar a participação dos jovens e amplificar as vozes dos jovens apoiados pelos cuidados alternativos. A ministra assinalou que em Portugal, no que diz respeito ao Acolhimento Residencial, foi reduzido o número máximo de crianças por casa para 15 e implementando uma lógica familiar, muito similar às Casas de Acolhimento Residenciais das Aldeias de Crianças SOS. 

O governo mudou também a forma como os jovens que saem do Acolhimento Residencial são tratados, alargando o acompanhamento durante a fase de transição e criando uma rede de apartamentos com vista à autonomização (até agora, 300). "Se não investirmos nos jovens que saem do acolhimento, todo o investimento anterior é desperdiçado", disse Mendes Godinho. Fazendo um balanço do encontro a ministra disse que foi um encontro muito positivo e que foi uma “imagem muito forte ver todos os participantes do encontro a falar sobre crianças e da colaboração com os mais jovens”.   

Sonia Bruck fez um discurso no Conselho Executivo da UNICEF. Na sua intervenção, destacou que ainda é preciso trabalhar para chegar aos objetivos da Agenda 2030. “O aumento dos níveis de pobreza e as crises humanitárias devastadoras, como as que estão a acontecer em Gaza e no Sudão, devastaram permanentemente a vida de muitas crianças e das suas famílias”, começou por explicar Sonia Bruck. “Como é que vamos lidar com a situação, a longo prazo, de milhares de crianças sem apoio familiar? Para onde irão e quem cuidará delas?”, perguntou a representante.  

Participar nesta sessão permitiu a Bruck perceber em profundidade o processo de tomada de decisão da UNICEF. Sonia Bruck destacou o grande interesse que a UNICEF dedica às jovens raparigas e recomenda que as Aldeias de Crianças SOS se foquem também neste público-alvo

Para Bruck também seria importante delinear mais claramente os diferentes tipos de necessidades e intervenções que precisam ser implementadas para crianças e adolescentes, pois ambos os grupos têm conjuntos de necessidades complementares, mas também diferentes. 

Por fim, Sonia Bruck apelou “para que seja dada uma maior atenção às famílias mais vulneráveis, para que permaneçam juntas e sejam apoiadas”.  

As Aldeias de Crianças SOS são a maior organização do mundo a apoiar crianças e jovens em perigo ou em risco de perder o cuidado parental.
 

Acredite num mundo onde todas as crianças crescem em amor e segurança. 

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