Uma história de superação e amor

A história da Maria Oliveira nas Aldeias de Crianças SOS começou há mais de 7 anos, com o acompanhamento próximo do CAFAP da Guarda, Uma Resposta Social do nosso Programa de Fortalecimento Familar. Maria, mãe da já adolescente Andreia, de 13 anos, tem consigo uma extrema força de vontade e dedicação, procurando ser o oposto da figura de referência parental que se lembra de ter na sua infância. Filha de um pai alcoólico, Maria foi vítima de agressão no seio da sua família e foi ali que tudo se desestruturou.

Apesar de todas as dificuldades, hoje Maria olha para o seu passado com muita racionalidade e por isso aceitou conversar connosco e abrir o seu coração nesta época tão especial do ano que é o Natal.

Quando inicialmente passou a ter apoio das Aldeias de Crianças SOS, já carregava consigo a bagagem de outras instituições com quem tinha contatado. Mas apenas em 2015, quando perdeu a guarda da sua filha, Maria decidiu comprometer-se com o CAFAP da Guarda e em menos de 2 anos recuperou a guarda da criança.

Hoje quando perguntamos a Maria, qual o sentido de uma família, a resposta é clara e objetiva: “Família é partilha e carinho. Fui aprendendo com o CAFAP da Guarda a construir esta ideia, porque nunca tive referências. O CAFAP da Guarda é como se fosse a extensão da minha família”, conta-nos. “Ajudou-me na organização do meu tempo para cuidar da minha filha. Ajudou-me a perceber a importância da estabilidade na família e principalmente, a importância da rotina”, continuou. O CAFAP da Guarda foi se adaptando à realidade de cada momento e hoje, após anos de acompanhamento, a intervenção é semanal, presencial e/ou por videoconferência (devido à situação pandémica).

Atualmente, já com mais estabilidade e compromisso perante a família, Maria partilha connosco o seu maior orgulho como mãe. “Eu tenho um bom relacionamento com a minha filha e ela conta-me tudo, desde as suas ambições aos seus medos de vida. Orgulho-me muito dela estar a estudar e querer ser uma futebolista. Por sinal, joga muito bem futebol”, contou-nos.

Quando perguntámos à Maria qual era a sua esperança para este Natal, a sua resposta foi: “Trabalhar com crianças a full-time e continuar a oferecer uma boa educação para a minha filha”.

É apenas com extrema dedicação e força de vontade que se superam estes desafios, pode levar tempo, mas com esforço tudo se faz.

Obrigado, Maria, por partilhar connosco, este testemunho com tanto amor e coragem!

Acredite num mundo onde todas as crianças crescem em amor e segurança. 

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