#Educação

A brincar também se aprende!

Programa de Cuidados Alternativos

Esta temática remete-nos para um dos pilares basilares da sociedade. Não confundir educação com instrução é fundamental na medida em que a primeira é muito mais abrangente e determinante para o desenvolvimento das nossas crianças e jovens. No âmbito da nossa intervenção através do CAFAP da Guarda temos contacto muito direto com as entidades de educação formal – Escolas – e outros parceiros da comunidade.

É neste sentido que gostaríamos de vos deixar um testemunho da nossa intervenção neste contexto. As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) são parceiros privilegiados na intervenção que veiculamos. Uma das CPCJ do distrito da Guarda identificou como necessidade de intervenção em meio escolar o combate à agressividade entre os alunos, mais concretamente no 1º ciclo. Ainda que esta seja uma questão que nos deixa apreensivos – a violência no geral e em particular numa idade tão precoce – ficamos satisfeitos por ser sentido como uma necessidade e pela mobilização no sentido da intervenção. No nosso entender significa, entre outras coisas, que não se desistiu destas crianças e que se acredita que as mesmas têm potencial de mudança. Quando os intervenientes da Escola estão preocupados com as relações entre os seus alunos é um sinal de que a educação vai além do redutor processo de ensino – aprendizagem. 

A nossa intervenção é quinzenal em momentos informais (recreio e horas de almoço dos alunos), uma vez que foi nestes contextos que se identificaram as principais necessidades de intervenção. Em contexto de sala de aula, os professores sentem que as questões comportamentais do intervalo interferem de forma negativa no ambiente de sala de aula com implicações, também elas negativas, na aprendizagem.

Propomo-nos, então, intervir de forma a que as crianças melhorem o seu autoconceito e a sua autoestima, positivando também as suas relações interpessoais. Sendo a nossa intervenção sistémica, conseguiremos chegar também a contextos familiares que estejam a funcionar como “ameaça” ao saudável desenvolvimento infantil global.

Deixamos registos dos momentos de intervenção, com esperança de que a médio prazo consigamos dar-vos um novo feedback em forma de testemunho dos intervenientes diretos desta ação.

Terminamos com um provérbio africano que consideramos adequado em qualquer continente “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”!

© Pexels | Aldeias de Crianças SOS em Portugal

Este artigo foi publicado em janeiro/2023

As Aldeias de Crianças SOS são a maior organização do mundo a apoiar crianças e jovens em perigo ou em risco de perder o cuidado parental.
 

Acredite num mundo onde todas as crianças crescem em amor e segurança. 

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