As Aldeias de Crianças SOS, neste mês de abril que é também o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância, junta-se a outras organizações e entidades de defesa dos Direitos das Crianças e Jovens, para promover um conjunto de ações que visam apelar aos Governos, Autoridades e à comunidade, para agirem de forma a garantir que os diretos das crianças sejam reforçados durante a pandemia do COVID-19.  

O movimento “Joining Forces”, que junta seis das principais organizações de defesa dos Direitos das Crianças, do qual as Aldeias de Crianças SOS fazem parte, pretende que sejam tomadas medidas que garantam o acesso a alimentos nutritivos, supervisão adequada, assistência médica, proteção contra a violência, educação alternativa em casa e informações fidedignas ​​sobre a crise, ajudando as crianças e jovens a lidares com o impacto psicológico e as medidas de confinamento adotadas para contê-la. 

Numa segunda campanha, a “End Violence Against Children”, as Aldeias de Crianças SOS e outras 20 organizações, alinharam objetivos para alertar sobre as consequências do COVID-19 nas crianças e jovens, com especial foco no combate à violência e abusos durante a pandemia. 

Calculamos que o encerramento das escolas afeta mais de 1,5 mil milhões de crianças. As consequências do vírus como restrições de movimento, perda de renda, isolamento social, superlotação e altos níveis de stress e ansiedade contribuem para o aumento da probabilidade de as crianças sofrerem abuso físico, psicológico e sexual em casa, principalmente as que já vivem em situações familiares violentas ou disfuncionais. 

Alertamos também para os riscos da internet, pois embora as comunidades online se tenham tornado essenciais para manter a aprendizagem, o apoio e a diversão de muitas crianças, também está a contribuir para o aumento da sua exposição ao cyber-bullying, comportamento online arriscado e exploração sexual. 

Também apoiámos o documento criado pela Better Care Network, The Alliance for Child Protection in Humanitarian Action e Unicef, que visa apoiar Entidades e Governos sobre as medidas de proteção das crianças. 

O documento, defende um conjunto de medidas a adotar para que seja garantida a proteção das crianças e jovens no contexto em que vivemos.  

Entre os vários procedimentos e medidas indicadas, destacamos: 

- Fornecer conhecimento às famílias, cuidadores e crianças sobre como impedir a propagação do COVID-19, inclusive em situações com limitações de acesso à água; 

- Criação de kits, de modo a garantir que o conhecimento e os recursos sejam acessíveis a crianças e/ou pais com deficiência; 

- Disseminar mensagens inclusivas sobre incapacidade no autocuidado, saúde mental e apoio psicossocial, comportamentos das crianças e atividades domésticas. 

Acreditamos que para o bem-estar de todas as crianças e jovens vulneráveis e que acompanha em todo o mundo é importante lutar pelos seus direitos e garantir a sua segurança e proteção.